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As eleições na Fiocruz

Os processos eleitorais na Fiocruz têm sido capazes de expressar e atualizar a pluralidade de opiniões existentes na Instituição.  São processos que envolvem debates pautados pelo preparo, pela reflexão ponderada e pela conduta respeitosa entre candidatos e correntes de opinião.  Os debates são oportunidades de produção de diagnósticos sobre nossas qualidades, problemas e desafios. Oportunidades de difusão de análises e propostas sobre um amplo leque de temas relacionados à esfera do desenvolvimento sustentável e do bem-estar das populações. São momentos importantes de discussão de programas de trabalho que servirão de orientação para as ações a serem seguidas pela corrente de pensamento selecionada para dirigir a Instituição. 

Trata-se, portanto, de um processo rico que envolve a análise de dimensões científicas, tecnológicas e políticas de alta relevância para o país. Um processo que inclui a participação de olhares atentos à conjuntura nacional e internacional. Uma visão coletivamente construída, abrangente, detalhista e com grande capacidade de análise e de prospecção. Uma percepção altamente qualificada, capaz de esquadrinhar a complexidade das relações que conformam o momento em que vivemos. 

Nesses momentos, a Fiocruz tem demonstrado grande capacidade de lidar com as diferenças. Mesmo quando o processo eleitoral se mostra acalorado, a Instituição tem alcançado sucesso em manter o bom nível dos debates. Tem demonstrado também grande capacidade em recompor a unidade em torno da defesa da autonomia, da integralidade e do cumprimento da missão Institucional. 

A lista tríplice é um mecanismo que atende a um requisito previsto no regulamento que rege a escolha daquele que irá ocupar a Presidência da Instituição. Ela pode e deve expressar um projeto Institucional coeso. Uma construção coletiva alinhavada ao longo do árduo trabalho que a Fiocruz desenvolve em suas diversas frentes de atuação. Pode e deve se constituir em um projeto que expresse o consenso resultante do debate entre a pluralidade de percepções da realidade e sobre os caminhos a seguir. Consenso construído em bases tecno-científicas e em diagnósticos sobre o quadro sanitário e epidemiológico onde a Instituição atua. Uma visão partilhada sobre as linhas de força e os aspectos estruturais e conjunturais que marcam e tensionam o ambiente e os desafios colocados diante da Instituição. 

Como já afirmamos antes, somos defensores da nomeação do candidato ou candidata que ocupar o primeiro lugar na lista de preferência resultante do processo eleitoral. Um nome respaldado e reconhecido pelos servidores. Um nome que, por congregar tantos apoios, terá condições de melhor gerir a Instituição em meio à tempestade que sacode o país. Abrir mão do primeiro da lista pode significar abertura ao cultivo de dissensões internas e a interferências políticas indevidas. É preciso reafirmar que somos uma Instituição estratégica de Estado que não deve e não pode ficar ao sabor de flutuações políticas e, muito menos, servir como instrumento de barganha político partidária.

Somos a força de trabalho de um complexo sinérgico altamente sofisticado. Estamos falando do maior complexo de ciência e tecnologia da América Latina e uma das maiores e mais respeitáveis Instituições do mundo.  Precisamos estar à altura da credibilidade que a sociedade nos dedica.

Para continuar merecendo a confiança da população e seguir realizando um trabalho de excelência e essencial ao país, precisamos zelar pela qualidade do nosso processo eleitoral. Precisamos defender a comissão eleitoral diante das pressões que costumam se fazer presentes em horas de maior tensionamento das disputas. Uma comissão que reputamos como instância isenta e legítima de condução do processo. Um espaço institucional de resolução de dúvidas e de solução de conflitos. 

Precisamos nos precaver contra interferência externas indevidas e contra a utilização de mentiras e de insinuações ardilosas.  É preciso também fechar espaço para o denuncismo vazio, demagógico e irresponsável. Não podemos nos deixar enganar por estratégias ilegítimas, destinadas a desviar o debate das questões que realmente importam. Não podemos permitir o amesquinhamento da discussão travada na Fiocruz. Não podemos colocar interesses corporativos ou pessoais acima da missão institucional. Não podemos permitir a redução da nossa arena democrática a palco para manipulações políticas espúrias. Permitir que isso aconteça  é desrespeitar nossas tradições. É afrontar e agredir a inteligência de todos nós e do país. 

Queremos ver discutidas questões relacionadas a articulação entre políticas sociais e a dinâmica econômica. Queremos saber o que os candidatos pensam da proposta de reforma administrativa. Qual é a visão que cada um tem sobre o debate envolvendo a valorização e o aprimoramento do plano de carreira. O que pensam sobre o complexo econômico e industrial da saúde. O que eles pretendem fazer para defender a utilização do poder de compra do Estado como instrumento de facilitação da incorporação de tecnologias e de redução do déficit na balança comercial. Como eles percebem a influência da legislação de proteção à propriedade intelectual no aumento da assimetria entre países do Primeiro Mundo e da periferia. Questões cujo domínio se constitui em condição necessária aos postulantes ao maior cargo da Instituição.

Somos a Asfoc-SN, somos Fiocruz, somos SUS

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