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A luta tem que continuar!

Com show, debate e, sobretudo, mobilização a ASFOC mantém a tradição de luta do movimento organizado dos trabalhadores. A ASFOC entende que o Dia do Trabalhador é um momento de lutas. Temos uma pauta emergencial de reivindicações que exigem soluções imediatas e o resto do ano para lutar por novas conquistas. Mas também temos muito a comemorar, afinal, 2004 foi um ano repleto de vitórias. Assim, a Associação está promovendo a Semana do Trabalhador, entre os dias 10 e 13 de maio, para debater o trabalho no Brasil, num momento em que passamos por duas reformas importantes no setor, a sindical e a trabalhista. No último dia, um grande show vai comemorar nossas conquistas e energizar os trabalhadores para as novas lutas que enfrentamos. Confira a programação abaixo.

Por quê no 1º de maio?

A Revolução Industrial no século XIX mudou completamente a organização social ocidental. O surgimento da burguesia industrial e do proletariado operário marca a reorganização da sociedade, eivada de grandes disputas entre essas classes. Até o próprio Dia do Trabalhador é fruto de um destes embates, talvez um dos mais importantes na luta pelos direitos dos trabalhadores. Em 1884, a Associação Americana do Trabalho (AFL) promove um Congresso em Chicago. A principal deliberação é que a partir de 1º de maio de 1886 nenhuma categoria aceitaria trabalhar mais de 8 horas por dia. A luta pela redução na jornada de trabalho toma fôlego com grandes greves que antecedem a data limite estabelecida pelos sindicalistas.

Surpreendentemente, o 1º de maio de 1886 foi um dia calmo, apesar de uma imensa manifestação de trabalhadores que paralisou a cidade. Porém, a reação dos patrões tomou contornos muito mais ríspidos. As manifestações que se seguiram foram duramente combatidas pela polícia. Tiros ao léu, bombas e centenas de mortos e feridos. Sete líderes sindicais de orientação anarquista vão a julgamento e cinco deles são condenados à morte.

Para lembrar o massacre, o Congresso Socialista de Paris, de 1889, resolve instituir o dia 1º de maio como data internacional da luta dos trabalhadores. Desde então, o Dia do Trabalhador vem passando por uma disputa simbólica. Enquanto as organizações dos trabalhadores tentam manter a data como um dia de luta por melhores condições de trabalho, o Estado, o empresariado e a mídia forçaram sua transformação numa espécie de confraternização entre patrões e empregados.

No Brasil, até 1923, a data era usada por ativistas para a realização de reuniões secretas de ativistas. Neste ano, o presidente Arthur Bernardes cede as estruturas usadas no Centenário da Independência para serem usadas nas comemorações do 1º de maio. No ano seguinte, Bernardes transforma a data em feriado nacional. O jornal O País, na época, publicou o seguinte sobre a legalização da data: “A significação que essa data passou a ter nesses últimos tempos, consagrando-se não mais a protestos subversivos, mas à glorificação do trabalho ordeiro e útil justifica plenamente a proposta”.

Apesar disto, os sindicalistas e militantes de esquerda continuam a tradição de imprimir ao 1º de maio um cunho combativo. Temos aí um século XX marcado pelo embate simbólico em torno da data. E uma luta bastante concreta que avança pelo século XXI.

Viva o 1º de Maio!
Viva a luta organizada dos trabalhadores!


Semana do trabalhador 2005

10/05 (ter)
• Debate: reforma sindical
13h – Auditório da Ensp

11/05 (qua)
• Música no IFF – Simone Lial (voz e violão)
12h – restaurante do IFF
• Copa do trabalhador (torneio início do futsal)
17h – quadra de esportes da Asfoc

13/05 (sex)
• Grande show com o grupo Manga de Colete e convidados: Walter Alfaiate, Dorina e Luis Carlos da Vila
17h – no pátio da Dirac (300 m2 de área coberta para o evento)

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