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Dia Nacional de Luta pela Soberania Nacional

Trabalhadores da Fiocruz decidiram, em Assembleia Geral da Asfoc-SN, nesta quarta-feira (25/09), paralisar as atividades no próximo dia 3 de outubro, a partir das 13 horas, para a participação no Dia Nacional de Luta pela Soberania Nacional e em Defesa da Saúde, C&T e Educação.  Um Ato no Castelo precederá a ida para o Centro do Rio, onde haverá um Ato Unificado – a direção do Sindicato disponibilizará transporte, às 14 horas.

Para organizar e aumentar a mobilização, trabalhadores e estudantes também organizam uma caminhada pelo Campus, saindo da Ensp, às 9 horas, convocando para a manifestação no Castelo.

A Assembleia aprovou também incorporar ao calendário de mobilização as atividades organizadas pelo Grêmio da Escola Politécnica, da APG e dos Agentes Comunitários de Saúde (ACSs), que desde o dia 2 de outubro farão uma série de atividades, internas e externas, para mobilizar a conscientizar sobre os ataques à Educação e os cortes às bolsas de estudos – o movimento estudantil da Fiocruz atende também a uma convocação da direção Nacional da UNE, que prevê uma Jornada de 48 horas de mobilização dos estudantes de todo o Brasil.

O presidente da Asfoc, Paulo Garrido, enfatizou que o momento é de unificação. “Assim como os estudantes, os servidores também estão sendo atacados. As instituições como um todo sofrem com os constantes cortes de orçamento”.

No início da Assembleia, Paulinho também criticou a política de segurança implementada pelo governo do Estado, que mata inocentes, e coloca na linha de tiro trabalhadores e moradores de comunidades carentes.

A vice-presidente da Asfoc, Mychelle Alves, solicitou um minuto de silêncio pela morte da menina Ágatha Felix, de 8 anos, e leu uma nota oficial do Sindicato. Veja abaixo:

Obs: durante a Assembleia, chegou a notícia de que uma trabalhadora de Farmanguinhos acabara de ser atingida por estilhaços de bala quando chegava à fábrica, em Jacarepaguá. A Asfoc lamenta o ocorrido e reitera seu veemente repúdio à política de segurança implementada pelo governo de Estado. O fato apenas avaliza o conteúdo da nota oficial divulgada pelo Sindicato.

VIDAS INTERROMPIDAS

Tragédias produzidas por uma política genocida, irresponsável, cruel e covarde como a que atingiu a família de Agatha e tantas outras vítimas inocentes da barbárie. Não podemos naturalizar ou nos calar diante dessas mortes. Não podemos seguir com se nada estivesse acontecendo. Está tudo errado.

Na Fiocruz vivemos no centro de um conflito armado envolvendo policiais e facções criminosas. Somos testemunhas e vítimas cotidianas dessa aberração que coloca a população dos territórios vizinhos da Instituição e de outras comunidades na condição de “consequências inevitáveis de uma guerra ao crime organizado” como afirmam os defensores mais raivosos e adeptos desse tipo de intervenção policial. Uma intervenção que, além de desumana, já deu provas irrefutáveis da sua ineficiência e inadequação para a proteção dessas famílias, a quem deviam proteger e para a redução da violência e da criminalidade. Quantas intervenções militares e quantas operações já ocorreram? Quantos inocentes já tombaram? Alguém imagina que algo semelhante possa ocorrer nos condomínios de luxo ou nas áreas mais nobres da cidade? E com essa frequência?

Trata-se de uma política que toda a sociedade perde. Perde a população dessas áreas, perde a cidadania, perde a justiça, perdem os policiais também vitimados nos confrontos. Estes últimos também atingidos de outras formas como indicam os muitos casos de suicídios, de depressão e outras formas de sofrimento derivados do estresse a que são submetidos. Enquanto isso, o crime organizado prospera e ocupa espaço nas instituições do Estado como tem sido vastamente denunciado.

Estamos presenciando a destruição do país. Destruição das instituições, da base produtiva, das políticas sociais e trabalhistas. Destruição da Educação, da Saúde e da Ciência e Tecnologia. Destruição completa do Serviço Público e, com ela, a aniquilação da cidadania. Assistimos a entrega do país. Assistimos a tudo isso, da reforma da previdência aos incêndios na Amazônia, como que impotentes. Como se não fossemos a maioria.

O modelo econômico que aí está não vai gerar empregos e, menos ainda, uma sociedade civilizada e prospera. Estamos diante de um projeto que está acabando com as nossas possibilidades de enfrentar as crises que já se colocam no horizonte. Estamos sob o signo da violência. Da violência do Estado. Da violência contra os povos indígenas, os quilombolas, camponeses e os sem teto ou terra. Sob o signo da violência e do obscurantismo – a serviço dos interesses geopolítico e comercias dos EUA e de grupos econômicos antinacionais – estamos acabando com nossa soberania, com o nosso mercado interno.

Gente dormindo nas ruas, desemprego e miséria galopantes, fome e doenças, falências, fechamento de fábricas, PIB em queda vertiginosa, concentração de renda, isolamento internacional e a corrida para sair do país, são alguns dos sintomas que somam às mortes presentes e futuras.

Estamos diante de um modelo extrativista, predatório e sem compromisso algum com o país e com nosso futuro como nação. Um modelo que em meio à anomia que cria faz emergir o que existe de pior em uma sociedade: a escalada tirânica de corruptos e grupos paramilitares ao poder. Um poder exercido em benefício próprio e alheio aos interesses e direitos da população. Um projeto que faz da tragédia que atingiu a família de Agatha uma ocorrência cotidiana. 

Não podemos nos calar. Somos a maioria e não compactuamos com esse presente e com esse futuro. Não podemos esperar que façam por nós. Precisamos nos mobilizar para lutar contra a barbárie. Venham somar forças e debater as formas de enfrentamento dessa conjuntura destrutiva, corrupta e sanguinária.

Tragédias produzidas por uma política genocida, irresponsável, cruel e covarde como a que atingiu a família de Agatha e tantas outras vítimas inocentes da barbárie. Não podemos naturalizar ou nos calar diante dessas mortes. Não podemos seguir com se nada estivesse acontecendo. Está tudo errado.

Na Fiocruz vivemos no centro de um conflito armado envolvendo policiais e facções criminosas. Somos testemunhas e vítimas cotidianas dessa aberração que coloca a população dos territórios vizinhos da Instituição e de outras comunidades na condição de “consequências inevitáveis de uma guerra ao crime organizado” como afirmam os defensores mais raivosos e adeptos desse tipo de intervenção policial. Uma intervenção que, além de desumana, já deu provas irrefutáveis da sua ineficiência e inadequação para a proteção dessas famílias, a quem deviam proteger e para a redução da violência e da criminalidade. Quantas intervenções militares e quantas operações já ocorreram? Quantos inocentes já tombaram? Alguém imagina que algo semelhante possa ocorrer nos condomínios de luxo ou nas áreas mais nobres da cidade? E com essa frequência?

Trata-se de uma política que toda a sociedade perde. Perde a população dessas áreas, perde a cidadania, perde a justiça, perdem os policiais também vitimados nos confrontos. Estes últimos também atingidos de outras formas como indicam os muitos casos de suicídios, de depressão e outras formas de sofrimento derivados do estresse a que são submetidos. Enquanto isso, o crime organizado prospera e ocupa espaço nas instituições do Estado como tem sido vastamente denunciado.

Estamos presenciando a destruição do país. Destruição das instituições, da base produtiva, das políticas sociais e trabalhistas. Destruição da Educação, da Saúde e da Ciência e Tecnologia. Destruição completa do Serviço Público e, com ela, a aniquilação da cidadania. Assistimos a entrega do país. Assistimos a tudo isso, da reforma da previdência aos incêndios na Amazônia, como que impotentes. Como se não fossemos a maioria.

O modelo econômico que aí está não vai gerar empregos e, menos ainda, uma sociedade civilizada e prospera. Estamos diante de um projeto que está acabando com as nossas possibilidades de enfrentar as crises que já se colocam no horizonte. Estamos sob o signo da violência. Da violência do Estado. Da violência contra os povos indígenas, os quilombolas, camponeses e os sem teto ou terra. Sob o signo da violência e do obscurantismo – a serviço dos interesses geopolítico e comercias dos EUA e de grupos econômicos antinacionais – estamos acabando com nossa soberania, com o nosso mercado interno.

Gente dormindo nas ruas, desemprego e miséria galopantes, fome e doenças, falências, fechamento de fábricas, PIB em queda vertiginosa, concentração de renda, isolamento internacional e a corrida para sair do país, são alguns dos sintomas que somam às mortes presentes e futuras.

Estamos diante de um modelo extrativista, predatório e sem compromisso algum com o país e com nosso futuro como nação. Um modelo que em meio à anomia que cria faz emergir o que existe de pior em uma sociedade: a escalada tirânica de corruptos e grupos paramilitares ao poder. Um poder exercido em benefício próprio e alheio aos interesses e direitos da população. Um projeto que faz da tragédia que atingiu a família de Agatha uma ocorrência cotidiana. 

Não podemos nos calar. Somos a maioria e não compactuamos com esse presente e com esse futuro. Não podemos esperar que façam por nós. Precisamos nos mobilizar para lutar contra a barbárie. Venham somar forças e debater as formas de enfrentamento dessa conjuntura destrutiva, corrupta e sanguinária.

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