A Asfoc-SN participou de audiência pública para debater o tema “Ameaça na paralisação das atividades do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq”, ontem (05/09), no Senado Federal. Durante o evento, o presidente do Sindicato, Paulo Garrido, entregou à senadora Leila Barros (PSB/DF) jornais e notas da Asfoc sobre os cortes nas bolsas CNPq e Capes – além da Revista Radis – e a parlamentar se comprometeu a abrir uma agenda sobre a situação dos trabalhadores e estudantes da Fiocruz. “Que país este governo quer?”, cobrou Leila aos representantes do governo presentes na audiência.
O evento ainda contou com a presença do secretário-executivo do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Júlio Semeghini, e do presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Luiz Davidovich. De acordo com o físico brasileiro, a situação após os cortes orçamentários é de “terra arrasada”.
Reforma Administrativa – A Asfoc-SN ainda esteve presente no debate “Reforma Administrativa: debate sobre os aspectos principais”, em Brasília. Concebida pelo Ministério da Economia e em análise pelo Congresso, o Sindicato é contra a implementação da Reforma, que pretende eliminar dezenas de carreiras do Poder Executivo.
Dia da Amazônia – Ontem (05/09), a Asfoc-SN também participou do Dia da Amazônia na Universidade de Brasília (UnB). Neste ano, o evento tomou um caráter forte de defesa e luta, em função dos acontecimentos recentes que afetam a biodiversidade, os povos indígenas, as comunidades da Amazônia e o planeta. O Sindicato participou das atividades, assim como diversos centros acadêmicos, sindicatos dos técnicos da UnB e a deputada federal Érika Kokay (PT-DF).
Debate no IFF – Convidada a participar de encontro com os trabalhadores do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), a vice-presidente da Asfoc-SN, Mychelle Alves, falou na quinta-feira (05/09) sobre a participação do Sindicato na 16ª Conferência Nacional de Saúde (CNS), e a luta em defesa do SUS e pela revogação da Emenda Constitucional 95, que inviabiliza financeiramente as políticas sociais.
“Muito do que estamos vendo hoje, o desmonte do SUS, o desfinanciamento das universidades, o corte das bolsas de estudantes e de pesquisas, tem origem na Emenda Constitucional 95. A derrubada dessa emenda deve ser uma das principais bandeiras de luta dos trabalhadores”.
Ela lembrou que, durante a CNS, os participantes do evento fizeram um grande Ato em defesa do SUS e pela revogação da EC 95, que culminou na assinatura de uma carta/manifesto por seis ex-ministros da Saúde. “É nesse contexto que incide a Emenda 95, que, ao colocar a austeridade como princípio constitucional, congela os gastos por 20 anos e subjuga as necessidades de saúde da população às metas fiscais, impondo ao SUS o status de sistema desfinanciado, colocando em risco até a sua sobrevivência”, dizia o documento.
Mychelle ressaltou também que este ano a Asfoc alcançou a condição de delegada na Conferência e que atuou intensamente, não apenas nos grupos de trabalho como previamente à CNS, estimulando a participação nas conferências Municipais e Estaduais. “O relatório final da CNS será apresentado na Fiocruz, em outubro ou novembro. Isso dá uma dimensão da importância da Instituição, num momento delicado como esse”.
Participaram ainda do encontro com os trabalhadores, mediado pelo diretor do IFF, Fábio Russomano, e também relatando suas experiências na Conferência, as pesquisadoras Alessandra Gomes Mendes (IFF), Cláudia Bonan (IFF) e Márcia Teixeira (Ensp).
Direitos Humanos – A vice-presidente da Asfoc-SN, Mychelle Alves, também foi convidada a participar de reunião do Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH), realizada ontem (04/09), na Fiocruz. Na pauta, a Saúde Pública no Rio de Janeiro.
Mychelle lembrou que a Fiocruz aprovou recentemente uma moção, na 16ª Conferência Nacional de Saúde, considerando que “violência é uma questão de saúde pública”.
Ela enfatizou, ao longo das discussões, que a população negra é a que mais sofre com a violência do Estado. “O Brasil, com sua formação escravocrata e racista, é um dos países que mais mata jovens negros. A população carcerária é de maioria negra. A violência obstétrica acontece, na maioria das vezes, em mulheres negras. Por isso, é importante a criação de políticas públicas para diminuição da desigualdade social no Brasil”.
Mychelle falou sobre a luta da Asfoc em defesa dos Direitos Humanos, lembrou da Medalha Jorge Careli e explicou que ele era um servidor da Fiocruz, mais uma vítima da violência de Estado.
Aos representantes do CNDH, ressaltou a importância de se fazer um evento desses num território muito afetado pela violência, como Manguinhos e Maré.
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