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70 anos da SBPC: Asfoc-SN participa do programa Tome Ciência

O diretor da Asfoc-SN Carlos Fidelis participou ontem (23/07) do programa Tome Ciência, em Maceió, em meio às comemorações dos 70 anos da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) – que realiza o seu encontro anual na capital alagoana. No programa, que também contou com a presença do antropólogo Otávio Leite, foram abordadas as políticas de desmonte e as dificuldades enfrentadas pela área de Ciência e Tecnologia. Os entrevistados foram unânimes em condenar a Emenda Constitucional 95, que congela os investimentos públicos por 20 anos.

Para Carlos Fidelis e Otávio Velho, a EC 95 é extremamente prejudicial ao país. Fere a cidadania, fragiliza o Estado e reduz drasticamente a capacidade de o país reagir às crises. De acordo com eles, se difunde muito a ideia da necessidade de enxugamento do Estado sem considerar que ele é um elemento indutor fundamental do desenvolvimento e do bem-estar social.

Ambos lembraram que nenhuma potência mundial chegou onde chegou (e consegue se manter nessa posição) sem o apoio do Estado. Este último sempre participou (e ainda participa) da montagem da estrutura de ciência e tecnologia dos países que comandam a economia mundial. Seja atuando diretamente via empresas estatais, seja construindo infraestrutura. Seja subsidiando a produção de conhecimento ou o desenvolvimento tecnológico. Seja por meio de políticas de apoio à indústria e à inovação, seja por meio de compras governamentais ou, ainda, atuando na defesa de suas indústrias nos embates internacionais, o Estado sempre esteve – e está presente.

Fidelis ressaltou que o Estado não deve ser mínimo nem máximo, mas do tamanho das necessidades e do projeto de país. Outro aspecto enfatizado pelos entrevistados foi justamente a necessidade de se pensar um projeto para o país em bases inclusivas e ambientalmente sustentáveis. Para eles, o Estado tem que ter como atribuição precípua zelar pelo bem-estar da sociedade e pela soberania do país e não ser apenas um instrumento de segmentos econômicos. Os entrevistados afirmaram que o ser humano deve ser o centro do projeto nacional, e condição digna para todos não pode ser um objetivo lateral ou secundário.

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