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Trabalhadores cobram da Presidência e CD ação mais efetiva na defesa dos servidores da Fiocruz

Um Ato em frente à Residência Oficial, durante reunião do Conselho Deliberativo, nesta quinta-feira (05/07), marcou o segundo dia da paralisação de 48 horas deflagrada pelos trabalhadores da Fiocruz. O movimento entregou uma carta (veja abaixo) ao presidente da Fundação, Paulo Gadelha, e aos membros do CD, solicitando uma participação mais contundente nas negociações com o governo – clique aqui para ver as fotos da manifestação.

Na semana que vem, ainda de acordo com decisão em Assembleia Geral da Asfoc-SN, os servidores farão nova paralisação nos dias 10, 11 e 12 de julho. As listas com os nomes dos trabalhadores e suas respectivas atividades de plantão deverão ser encaminhadas à Secretaria do Sindicato até o fim da tarde desta sexta-feira (06/07) – o Comando de Mobilização se reunirá a partir das 17 horas para avaliar e organizar as atividades da próxima semana. Uma nova Assembleia, dia 16 de julho, discutirá o indicativo de greve e avaliará os rumos do movimento.

A manifestação no CD contou também com a presença e participação dos coordenadores regionais da Asfoc Recife, Salvador, Manaus, Belo Horizonte e Brasília, que tiveram a oportunidade de relatar a adesão dos trabalhadores nos estados e avaliar a conjuntura das ações.

Em respeito ao movimento, todos os membros do Conselho Deliberativo desceram do prédio para escutar os servidores. O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, se sensibilizou e disse que a direção está alinhada às reivindicações dos servidores. “É emocionante esse momento aqui com os representantes dos trabalhadores de outros estados”, comentou.

O presidente da Asfoc, Paulo Garrido, ressaltou a importância de que, neste momento, a Presidência e o CD reforcem as gestões no Executivo e Legislativo com o intuito de “alcançarmos efetividade nas negociações e qualificação da proposta”. Ao fim do Ato, a maioria dos membros do Conselho Deliberativo demonstrou apoio ao movimento, fazendo questão de colocar o adesivo de greve do Sindicato.

Servidores do IFF trocam jaleco por camisetas pretas

No primeiro dia de paralisação essa semana (04/07), os trabalhadores do Instituto Fernandes Figueira (IFF) foram às ruas em protesto pelos 3 anos de perdas salariais. Durante parte da manhã, os servidores, vestidos de preto, distribuíram aos pacientes, pedestres e motoristas carta com as reivindicações da categoria e promoveram apitaço em frente ao Instituto, no Flamengo.

No mesmo dia, no Campus, os trabalhadores estiveram nas dependências da Fiotec panfletando um documento com os motivos da greve, solicitando a cooperação de todos num movimento que tende a crescer nas próximas semanas. Os servidores também foram a uma atividade da Câmara Técnica de Coleções Biológicas para esclarecer sobre a paralisação.

MP 568: pressão do movimento e gestões da Asfoc e Presidência garantem acordo

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (04/07) a Medida Provisória 568/12 com as emendas que garantem o acordo assinado em agosto de 2011 entre Sindicato, Presidência da Fiocruz e Ministério do Planejamento.

Desta forma, ficam garantidas as novas cargas horárias mínimas para os cursos de qualificação profissional. A incorporação de parte da Gratificação de Desempenho (GDACT) ao Vencimento Básico – 15% para nível intermediário e 25% para nível superior – também foi contemplada. A Asfoc defende a imediata regulamentação e a migração automática da GQ1 para GQ3, e GQ2 e GQ3 para GQ 4 e GQ 5, respectivamente.

Outra vitória do movimento dos trabalhadores foi a retirada do texto das mudanças propostas pelo governo para os adicionais de insalubridade. O relator da MP, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), acatou a posição dos movimentos sindicais, entre eles a Asfoc-SN, que lutou pelo retorno da concessão por percentual.

O presidente do Sindicato, Paulo Garrido, frisou que será necessário intensificar as ações no Congresso Nacional pela aprovação da MP, que agora será apreciada pelo Senado Federal.

Próximas ações

06/07 – reunião do Comando de Mobilização, às 17h, na sede do Sindicato
10, 11 e 12/07 – Paralisação com mobilização
16/07 – Assembleia Geral
16 a 20/07 – Agenda Permanente do Movimento Unificado (vigília) em Brasília
18/07 – Grande Marcha dos Servidores Federais em Brasília

Veja as fotos da paralisação no site da Asfoc (www.asfoc.fiocruz.br)

Rio de Janeiro, 5 de julho de 2012

Carta à Presidência da Fiocruz
e aos senhores membros do Conselho Deliberativo


O movimento dos trabalhadores da Fiocruz, que luta por avanços nos processos de negociação e a apresentação de propostas concretas por parte do governo, espera dessa Presidência e dos senhores membros do Conselho Deliberativo uma participação mais contundente na defesa dos servidores desta Casa. Desde o pagamento do último reajuste, concedido em 2009, sofremos uma desvalorização de nossos salários de cerca de 20%. Já são 3 anos de perdas salariais!

Neste momento, vivemos um impasse. Apesar do Ministério do Planejamento não fechar as portas para a negociação, mantém um discurso de limite orçamentário para a concessão de qualquer um dos itens de nossa pauta, tanto específica quanto a geral do Movimento Unificado dos servidores federais.

O prazo estabelecido no acordo assinado em agosto de 2011 era de que haveria uma proposta até março deste ano, mas com a nomeação do novo secretario de Relações do Trabalho, Sergio Mendonça, os trabalhadores tiveram a concordância de ampliar as discussões.

No entanto, após uma longa série de novas reuniões, nada nos foi apresentado. No último encontro para discutir a pauta específica, dia 19 de junho, o Sindicato alertou que só retornaria à Mesa apenas quando houvesse uma proposta concreta. A insatisfação dos trabalhadores levou ao acirramento do movimento com a deliberação de uma greve progressiva de 24h, 48h e 72 horas e um indicativo de paralisação por tempo indeterminado, caso não aconteça os avanços necessários.

Por tudo isso, é de extrema importância que a Presidência e o CD Fiocruz reforcem ainda mais as gestões nos Poderes Executivo e Legislativo em prol da Campanha Salarial, buscando a celeridade efetiva nas negociações.

A valorização dos servidores da Instituição é essencial para reforçar o compromisso de reconhecimento aos serviços prestados para a população e para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Certo da atenção,

Paulo Garrido
Presidente da Asfoc-SN

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