Em reunião do Conselho Deliberativo do Fioprev, no dia 15 de dezembro, ficou definido um novo reajuste da contribuição dos servidores no plano de saúde da Fiocruz. A partir de janeiro, com desconto em folha no mês de fevereiro, os trabalhadores pagarão 8,89% a mais pelo Fio-Saúde.
A Asfoc, que não integra o CD Fioprev, lamenta que, mais uma vez, a Presidência da Fiocruz tenha atuado para aprovar um aumento aos servidores quando a própria instituição não cumpre com sua parte para sanar as dívidas do nosso plano de saúde, nem eleva sua participação mensal.
Há cerca de um ano, um plano foi elaborado para quitar o déficit existente (cerca de R$ 4 milhões) e implantar a nova Fundação de Assistência, que ampliará a base e as condições da assistência à saúde e, conforme deliberação do Congresso Interno, deverá executar a política de saúde do trabalhador formulada pela Fiocruz.
Na ocasião, houve um encaminhamento aprovado no CD Fioprev, no qual os servidores arcariam meio a meio com a dívida. “Nós temos colocado o nosso dinheiro, mas eles (a Presidência) não”, afirma Alex Molinaro, conselheiro do Fioprev. Ele lembra ainda que o orçamento aprovado para o próximo ano é exatamente o mesmo de 2005 – sem considerar o aumento dos custos com consultas, exames, próteses etc.
Vale ressaltar também que, até segunda-feira (18/12), quase metade dos recursos relativos ao Sistema Integrado de Saúde do Trabalhador (Sist) e do Programa de Atendimento Especial (PAE), que somam R$ 2,4 milhões anuais, ainda não tinham sido repassados.
Hoje, a Fiocruz contribui apenas com R$ 42,00 mensais por servidor, enquanto a GEAP recebe, do mesmo governo federal, R$ 51,93 per capita, e outras instituições recebem até mais. Enquanto isso, os trabalhadores da Fiocruz continuam arcando com cerca de 73% do custo do plano. O que é um absurdo!