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‘Espírito de união e trabalho coletivo’: vice-presidente da Asfoc-SN comenta expectativas para a 17ª CNS

A etapa nacional da 17ª Conferência Nacional de Saúde, maior evento de participação popular na construção de políticas públicas no Brasil, está se aproximando. Cerca de seis mil pessoas são esperadas em Brasília entre 2 e 5 de julho de 2023. Diante da expectativa, o Informe ENSP entrevistou o vice-presidente do Sindicato das Trabalhadoras e Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN), Paulo Garrido, que também é conselheiro nacional de saúde. Ele fez um breve balanço das atividades que antecederam a etapa nacional e destacou os pontos que considera cruciais para o sucesso da 17ª CNS. Leia a entrevista abaixo:

Às vésperas da abertura da 17ª Conferência Nacional de Saúde, qual o seu balanço das atividades e preparativos que antecederam essa edição?

Houve trabalho coletivo, mobilização de amplos setores, qualificação do debate, esforços de organização. Foi uma grande mobilização nacional não só nas conferências oficiais tradicionais, mas também nas conferências livres, democráticas e populares, como as organizadas pela Frente Pela Vida. Há campanha para que o governo atual encampe a agenda de lutas do movimento sanitário.

Qual é a sua avalição do momento político em que a 17ª CNS é realizada? E qual o clima atual em torno dos principais temas da saúde no país?

Trata-se de um momento crucial para o país. Vivemos uma queda de braço entre as forças conservadoras golpistas e radicais da extrema direita, que aposta no neoliberalismo e no ‘cada um por si’, num projeto predatório e contra as forças da civilização e da democracia. Vivemos concretamente as tentativas de golpe do terrorismo fascista que quis explodir um caminhão de combustível em Brasília, tentou invadir a Polícia Federal em 12 de dezembro. Além da tentativa de golpe em 8 de janeiro. Recentemente, vemos grupos políticos que apoiaram as políticas genocidas no passado fazendo pressão para abocanhar o Ministério da Saúde. A realização da 17ª Conferência Nacional de Saúde será uma resposta contra esse tipo de investida. É um momento de reconstrução nacional, de retomada do processo democrático e das campanhas de imunização, por exemplo.

Em relação à participação da Fiocruz, quais são os destaques na sua opinião, tanto do ponto de vista das conferências que antecederam a principal quanto das expectativas pelo que virá na semana que vem?

A Fiocruz é patrimônio do povo brasileiro. Os trabalhadores da Fiocruz mostraram mais uma vez o seu valor na pandemia na luta por um SUS público, pela ampliação da participação popular. Agora na 17ª CNS, percebemos o aumento do número de propostas e de diretrizes.

De forma geral, o que espera como resultado no curto, médio e longo prazo após a 17ª CNS?

Plano Plurianual (PPA) participativo para melhorar o orçamento e que as propostas sirvam efetivamente como elementos de elaboração de projetos das políticas de saúde e planejamento para o Ministério da Saúde. Vamos construir o país que sonhamos e merecemos. Lutar e conquistar vida digna para todas as pessoas.

Que mensagem gostaria de deixar para os participantes que se reunião em Brasília na semana que vem?

Não há desenvolvimento sem bem-estar e ambiente equilibrado. Não há dignidade sem pacto intergeracional solidário e responsável. Precisamos de espírito de união, trabalho coletivo e sonhar com um mundo mais justo e igualitário.

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