Entidades representativas dos servidores públicos, incluindo a Asfoc-SN, realizaram nesta quarta-feira (02/02), em Brasília, Ato pela recomposição salarial da categoria e contra a PEC 32/20 (Reforma Administrativa). Os manifestantes partiram da frente do Ministério da Economia, seguindo pela Praça dos Três Poderes até o Congresso Nacional.
“Precisamos valorizar cada vez mais o serviço público e suas servidoras e servidores. O SUS é feito pela gente. As trabalhadoras e os trabalhadores da Fiocruz dão respostas à Covid com vacinas, pesquisas, nos centros de atendimentos, no hospital e na produção de kits de diagnósticos. A pandemia continua e não vamos parar de produzir, dar assistência à população”, afirmou a presidente da Asfoc-SN, Mychelle Alves, em entrevista coletiva dos representantes sindicais na sede do Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Distrito Federal.
O vice-presidente da Asfoc-SN, Paulo Garrido, também enfatizou o trabalho realizado pelos servidores ao longo de toda a pandemia e afirmou que é muito justa a cobrança pela reposição salarial da categoria. “Mas, infelizmente, não temos tido qualquer canal de diálogo com esse governo e ainda lidamos com um Congresso Nacional que, em sua maioria, defende a política neoliberal e o capitalismo”.
Paulinho, no entanto, lembrou que o Movimento Unificado está ganhando força e que pode trazer conquistas no futuro. “É importante citar que conseguimos trancar, no final do ano passado, a Reforma Administrativa. E isso só foi possível graças ao nosso movimento”.
O vice da Asfoc também participou de sua primeira reunião na Comissão de Trabalho, Ensino e Seguridade do Conselho Nacional de Direitos Humanos. Na pauta, o crime bárbaro de Moïse Kabagambe, espancado até a morte em 24 de janeiro, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.
“Não é um caso isolado de covardia, é um ato de uma sociedade que ruma a passos largos para a barbárie. Sinal de uma sociedade racista e xenófoba, que não sabe ver no outro a dor que se sente por deixar sua terra e sua família para sobreviver. É a cultura do ódio em todas as suas faces”, disse.
Paulo Garrido citou que a Asfoc apoia e convoca para o Ato por Justiça, que acontecerá no próximo sábado (05/02), às 10 horas, em frente ao quiosque Tropicália, onde Moïse foi assassinado.
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