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Vida e Justiça inicia atividades da seccional Rio de Janeiro em assembleia de fundação

Na noite de quinta-feira (20/01), o Rio de Janeiro, além de comemorar o dia de São Sebastião, ganhou também a seccional do estado da Vida e Justiça (Associação Nacional em Apoio e Defesa dos Direitos das Vítimas da Covid-19). A Assembleia de fundação teve início às 19h com discurso de abertura do coordenador executivo da Associação Vida e Justiça Nacional, Renato Simões.

Renato iniciou suas palavras demonstrando a alegria em começar o ano com mais um estado se somando à aliança e encaminhou sua fala em torno do momento atual em que a variante ômicron impõe novos desafios, diante das práticas irresponsáveis do governo. “Um governo que deveria combater o vírus, e ao invés disso, se aliou a ele por meio das atitudes negacionistas, o qual desarticula nacionalmente as políticas que deveriam ser implementadas para evitar tantas mortes”, pontuou.

O evento, que aconteceu de forma on-line mediado pelo coordenador executivo da seccional, Paulo Garrido, contou ainda com a participação da pesquisadora aposentada da Fiocruz e diretora do Cebes, Claudia Travassos, que também faz parte da seccional RJ como coordenadora de Saúde Pública. Além disso, os presentes contaram com a exibição de um vídeo da coordenadora da Vida e Justiça Nacional, Lucia Souto, gravado especialmente para a ocasião.

Durante o evento, o coordenador da seccional, Luciano Tolla, também se manifestou ressaltando o papel dos operadores de direito na associação, que farão questão de denunciar para que sejam punidos todos os responsáveis pelos erros cometidos na administração da pandemia. Ele se colocou à disposição com total compromisso para implementar no estado as políticas e diretrizes da entidade em âmbito nacional. “Estamos aqui em apoio intransigente à vida”, ressaltou.

Participaram ainda o parlamentar Reimont, vereador do município do Rio de Janeiro pelo PT, e o ex-deputado federal Wadih Damous, que também presidiu a OAB-RJ e a Comissão Estadual da Verdade. Ambos declararam apoio e desejaram vida longa à entidade.

Um dos momentos mais emocionantes da Assembleia foi o depoimento das vítimas. Márcio Antônio do Nascimento Silva, que ficou conhecido em todo Brasil desde junho de 2020 quando caminhava pela orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio, e viu homens retirando cruzes colocadas na areia pela ONG Rio de Paz, simbolizando cem covas rasas, em protesto pelas mortes em decorrência do novo coronavírus. Márcio havia perdido o filho meses antes, Hugo Dutra do Nascimento Silva, aos 25 anos, vítima da Covid-19, no dia 18 de abril. Também estavam presentes a mãe e a irmã das gêmeas Tereza e Maria Elizabeth, vítimas da Covid.

No encerramento, a Assembleia contou com um momento cultural com a apresentação da cantora Maíra Santafé, interpretando a canção “Opinião”, de Zé Keti. A escolha da canção emocionou os presentes pela infeliz atualidade que nos impõe: “Se não tem água, eu furo um poço/ se não tem carne, eu compro um osso e ponho na sopa/ E deixo andar, deixo andar”. Essas imagens caracterizam muitos brasileiros hoje, resistentes e persistentes, que não sucumbem às adversidades impostas principalmente pelo descaso dos governos e pela realidade aterrorizante em que vivem pela má-gestão da pandemia.

Confira abaixo a coordenação da seccional eleita por aclamação:

Coordenação seccional Rio de Janeiro

Luciano Tolla (ABJD)

Coordenação de Finanças

Lucina Matos (Servidora da Fiocruz)

Coordenação Executiva

Paulo Garrido (ASFOC-SN/FIOCRUZ)

Coordenação Saúde Pública

Claudia Travassos (Pesquisadora aposentada da Fiocruz, membro da diretoria do Cebes)

Coordenação de educação, ciência e tecnologia

Tomaz Pinheiro da Costa (Prof. da Faculdade de Medicina da UFRJ e Diretor do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro)

Coordenação jurídica

José Antônio Galvão de Carvalho (Advogado)

Coordenação de direitos humanos e diálogo inter-religioso

Luís Cláudio Martins Teixeira (Núcleo Ramires Maranhão do VALLE)

Coordenação de ações e redes de solidariedade

André Constantine (Movimento Nacional das Favelas e Periferias)

Coordenação das Pessoas com Deficiência, Doenças Raras e Vítimas Indiretas

Noemi de Andrade (Funcionária pública – SINTURRJ)

Coordenação de memória

Aderson Bussinger (Advogado sindical, diretor do Centro de Pesquisa e documentação da OAB-RJ)

Coordenação de Políticas Públicas e Ações Legislativas

Mônica Paranhos (Socióloga e pesquisadora associada do Arquivo de Memória Operária do Rio de Janeiro (AMORJ) do IFCS /UFRJ)

Coordenação de Comunicação e Redes Sociais

Janaína Marquesini (Diretora da Mobiliza Comunicação)

Coordenação do Meio Ambiente

Guilherme Franco Netto (Médico pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz)

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