O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), integrado pela Asfoc-SN, protocolou virtualmente a pauta de reivindicações do funcionalismo no Ministério da Economia, ontem (18/01), Dia de Mobilização pela Reposição Salarial dos Servidores Públicos. Dentre os pedidos imediatos estão o reajuste salarial de 19,99% para o conjunto dos servidores federais, arquivamento da PEC 32 (Reforma Administrativa) e a revogação da Emenda Constitucional 95 (congela investimentos nas áreas de Saúde e Educação por 20 anos).
Dois atos políticos na capital Federal deram início à Jornada de Lutas dos servidores públicos federais em 2022 – além dos estados. Antes das manifestações em Brasília, a presidente da Asfoc-SN, Mychelle Alves, e o vice, Paulo Garrido, abordaram o relator-geral da Comissão Mista de Orçamento, deputado federal Hugo Leal (PSD-RJ), ainda na área de desembarque do Aeroporto Presidente Juscelino Kubitschek, em Brasília – logo após pouso do voo do Rio de Janeiro.
Durante a conversa, os dirigentes sindicais reapresentaram as pautas dos trabalhadores da Fiocruz, como o reajuste salarial linear para todo o serviço público, o cumprimento do último acordo assinado em 2015 – prevê, entre outras coisas, a regulamentação do Reconhecimento de Resultado de Aprendizagem (RRA) – e a revisão da cesta de benefícios.
Hugo Leal disse achar difícil o governo conceder reajuste linear para todo funcionalismo público e também considerou um erro do Executivo acenar reajuste apenas para alguns setores, como, por exemplo, as forças policiais.
Pela manhã, Mychelle e Paulinho participaram dos protestos em frente ao Banco Central e, à tarde, no Ministério da Economia, onde houve mais um Ato político durante a entrega da pauta de reivindicações do funcionalismo público federal ao ministro Paulo Guedes.
Nas duas manifestações, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia foram alvos dos trabalhadores. Placas penduradas no pescoço de um boneco de papelão, em tamanho natural, de Paulo Guedes ironizaram a alta do dólar, da inflação, dos preços dos combustíveis e produtos de supermercado, além da sua empresa offshore sediada num paraíso fiscal.
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