A Asfoc-SN celebrou o aniversário de 67 anos da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) Sergio Arouca com uma live em homenagem à Unidade. Durante o evento digital especial, dirigentes da Fiocruz contaram histórias, suas experiências e falaram sobre o legado da Ensp para o Sistema Único de Saúde (SUS) e a Ciência.
Atual diretor da Ensp, Marco Menezes disse que a agenda de aniversário da Escola celebra a “resistência, resiliência e as lutas”. “É um marco pessoal, coletivo e da população brasileira, que vem ao longo destes anos podendo usufruir do pensamento da construção coletiva da nossa Escola com as políticas de saúde, as políticas públicas, as estratégias de melhoria dos serviços, dos programas, do sistema de saúde. Uma infinidade de atividades que a nossa Escola tem atuado”.
O evento contou com a participação virtual de cinco ex-diretores da Escola Nacional de Saúde Pública: Arlindo Fábio, Hermano Castro, Paulo Buss, Jorge Bermudez e Maria do Carmo Leal.
Em sua homenagem, Maria do Carmo falou sobre o desejo de renovação do quadro de funcionários da Instituição. “Desejo à Ensp, neste aniversário, maturidade e juventude, simultaneamente. Juventude eterna para cumprir essa missão que é grande, importante e linda. Viva a nossa Escola, viva a nossa Instituição que nós amamos tanto, porque ela foi e é genial, e precisa ter novos profissionais, porque a nossa geração está envelhecendo. Desejo a possibilidade de novas pessoas ainda conviverem um pouco conosco”.
Arlindo Fábio contou como a Ensp faz parte de sua vida. Dos 67 anos da Escola, compartilhou 54 anos – ingressou em 1º de julho de 1967. “O entusiasmo é pelo trabalho que está sendo realizado e, certamente, pelo que vai vir pela frente”, acrescentou.
Hermano Castro comentou sobre o processo de Ensino à Distância (EAD), além do presencial, para dar sustentabilidade ao SUS e à Ciência. “Isso significou um esforço que sabíamos como íamos conduzir. Essa Escola passou a ser orientadora de muitos debates no campo da formação da Educação. E isso foi muito importante para todos nós”, frisou.
Jorge Bermudez revelou ser um dos servidores públicos mais antigos da Instituição ainda em atividade – entrou na Escola em 1974. Disse esperar que a idade-limite para a aposentadoria mude dos atuais 75 anos para 105 anos. “A Escola é o meu porto seguro. Dirigi Farmanguinhos, fui para a Opas, OMS, mas a Escola é onde me sinto bem. Sempre senti que era meu espaço de reflexão, para me nutrir na luta pelas melhorias das condições de saúde e de vida da nossa população. Aqui é uma trincheira de luta muito importante”.
Eleito duas vezes diretor da Ensp, Paulo Buss falou sobre seu vínculo com a Escola e sobre a importância da Unidade. “A vida da saúde pública brasileira, o movimento da Reforma Sanitária, a renovação, tão importante, e a modernidade da saúde pública brasileira se devem aos institutos aqui do Brasil, que fazem da saúde pública brasileira uma referência latino-americana e mundial”.
A presidente da Asfoc, Mychelle Alves, e o vice, Paulo Garrido também prestaram homenagem aos 67 da Ensp.
“Maior escola pública da América do Sul e uma das grandes instituições da América Latina, e que sempre teve um grande papel na formação sanitária no Brasil. A Ensp desempenhou um papel importante na implementação do SUS e carrega em seu nome Sergio Arouca, um dos principais articuladores na formulação e na ação política de criação do SUS”, afirmou Mychelle.
“Uma homenagem e uma forma de luta. Homenagem ao trabalho da Ensp, fundamental para a defesa de um Brasil inclusivo. Uma forma de luta de todos nós dessa Escola que atua na defesa de uma vida digna para todos, e que foi dirigida por outros sanitaristas de relevância: Sergio Arouca, Luiz Fernando (Rocha Ferreira da Silva), Adauto (Araújo) e Antonio Ivo, que nos deixou há pouco. Cada homenagem também é a afirmação da defesa da democracia, da saúde e do SUS. Saúde é democracia, democracia é saúde”, finalizou Paulinho.
Acesse o link e confira a live na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=Iyn-TS6czNc