O vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, e os diretores dos institutos de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), Jorge Mendonça, e de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos), Maurício Zuma, destacaram as ações desenvolvidas pelos trabalhadores da Fundação e a resposta eficiente da Instituição no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). As afirmações foram feitas ontem (03/11) na live “O papel da produção na pandemia – Biomanguinhos/Farmanguinhos”, promovida pela Asfoc.
Marco Krieger falou sobre os desafios dos últimos quatros anos, em especial da emergência sanitária, e das ações em parceria entre Biomanguinhos e Farmaguinhos. Dentre elas estão o desenvolvimento de novos produtos para a população e o Ministério da Saúde, além do apoio a diferentes projetos de pesquisa clínica na pandemia.
“Não tenho dúvidas de que toda a Fiocruz está orgulhosa da resposta que as nossas unidades de produção deram para um momento tão difícil nas redes logísticas, de abastecimento, no custo de materiais e, inclusive, de manter as nossas fábricas funcionando para atender demandas importantes”.
De acordo com Jorge Mendonça, o êxito neste desafio só foi possível pelo apoio a Farmanguinhos. Ele contou que em nenhum momento a Unidade parou. Apenas modificou a forma de trabalho para proteção dos recursos humanos.
“Não paramos nenhuma linha de produção de medicamentos e de ensino. Mudamos nossas plataformas e continuamos formando mão de obra qualificada para o SUS. Continuamos publicando matérias importantes, com novidades para o debate. Temos também um índice recorde de publicações devido ao grande esforço dos nossos pesquisadores. Em termos de desenvolvimento tecnológico também fomos muito bem em todas as parcerias”, acrescentou.
Para Maurício Zuma, foi emocionante a dedicação e a superação dos trabalhadores da Fiocruz no combate à pandemia. Segundo ele, Biomanguinhos deu valiosas contribuições neste período: mapeou geneticamente o vírus, desenvolveu kits para testes rápidos, instalou plataformas para acelerar o processo de testagem no País, apoiou o Ministério da Saúde organizando todo o processo de logística de coleta das amostras no Brasil e ajudou em diversas pesquisas dentro e fora da Fiocruz. “Demos uma contribuição valiosíssima na área de testagem e diagnóstico”, frisou.
Sobre a vacina em parceria com a AstraZeneca e a Universidade de Oxford, Zuma espera produzir entre janeiro e fevereiro 30 milhões de doses – e distribuir em março. Neste mesmo mês até julho, a Fiocruz deve produzir mais 70 milhões de doses. Com a transferência de tecnologia prevista em acordo, a Fiocruz planeja iniciar a produção nacional no segundo semestre, permitindo a produção de mais 110 milhões de doses – perfazendo um total de 210 milhões de doses em 2021.
Para o presidente da Asfoc, Paulo Garrido, o debate desta terça-feira serviu mais uma vez para informar e atualizar a população sobre o compromisso social da Fundação Oswaldo Cruz e demonstrar a importância da Instituição. “A Fiocruz está unida pela vida e, com certeza, vai contribuir e subsidiar para que a nossa Asfoc avance na construção da unidade por um país mais justo e na redução das desigualdades sociais”.
Vice-presidente do Sindicato, Mychelle Alves ressaltou o compromisso da Fiocruz com a população brasileira nestes 120 anos vida, desde o patrono Oswaldo Cruz. “O painel demonstrou a união e a articulação entre a vice-presidência e as unidades produtivas. Seguimos com esperança que, em março, tenhamos o primeiro lote da vacina para que consigamos dar esperanças a nossa população”, finalizou.
Confira a íntegra do evento virtual em: https://www.facebook.com/asfocsn/videos/2756359148019382/