Os ex-senadores Lindbergh Farias e Vanessa Grazziotin destacaram o importante papel desempenhado pelas instituições públicas – especialmente da Fiocruz – durante a pandemia e criticaram o governo Federal no combate ao novo coronavírus (Covid-19) na “live” promovida hoje (12/05) pela Asfoc-SN. No debate virtual, “O Brasil em tempos de pandemia – Os impactos e perspectivas no Rio e em Manaus”, ambos também demostraram muita preocupação com a evolução da doença no País.
No Dia Internacional da Enfermagem, o presidente do Sindicato, Paulo Garrido, parabenizou os profissionais da Saúde. “Continuamos nossa luta na defesa dos direitos, de condições dignas de trabalho e salários decentes para estes trabalhadores fundamentais nas ações de saúde e cidadania”, afirmou.
Ele lembrou ainda sobre as próximas agendas na Fiocruz: abertura do Centro Hospital em Manguinhos, com 200 leitos exclusivos para tratamento intensivo e semi-intensivo de pacientes graves infectados pelo novo coronavírus; e comemoração do aniversário de 120 anos da Fundação, no dia 25 de maio. “Nossa missão é salvar vidas. Reafirmamos a defesa do isolamento e das políticas sociais”.
Vanessa Grazziotin reconheceu o “belo trabalho da Fiocruz” na pandemia. “Em momentos de crise, as instituições públicas se sobressaem. São elas que abrem os braços para a população. A Fiocruz é destaque no mundo. E vocês merecem total reconhecimento pelo trabalho desenvolvido”, frisou.
Ela afirmou ainda que a situação do Brasil é muito difícil, e é agravada pelas atitudes do presidente da República, Jair Bolsonaro. Segundo Grazziotin, a situação no Amazonas é terrível, e pode piorar. “O vírus avança muito rapidamente nas cidades do interior. São 61 municípios em que na maioria (das cidades) não tem hospital. E os municípios que têm hospital não há leitos de UTI”, revelou.
O ex-senador Lindbergh Farias também fez questão de falar sobre a importância da Fundação Oswaldo Cruz. “Se tem um coisa que temos que defender é o Sistema Único de Saúde e instituições públicas, como a Fiocruz, reconhecida internacionalmente”, ressaltou.
Para ele, a situação no Rio de Janeiro é de descontrole total. De acordo com Lindbergh, o Brasil está caminhando para uma tragédia humanitária. E listou os motivos.
“Primeiro, pela crise sanitária e pela irresponsabilidade do presidente da República. Segundo, porque do ponto de vista das políticas econômicas são completamente insuficientes. No Brasil estão falando em ajuste fiscal e reformas logo depois do pico desta crise. Precisamos de mais Estado, de mais investimentos no sistema único de saúde e uma política de geração de empregos”.
Confira a “live” promovida pela Asfoc-SN, em parceira com a Agência Servidores: https://www.facebook.com/asfocsn/videos/587384285468334/